Como as Pessoas Mudam.
Como as pessoas mudam tem sido considerado, já há alguns anos e com razão, um “livro texto” essencial para o aconselhamento bíblico. Neste livro, Timothy Lane e Paul Tripp apresentam o processo da santificação em linguagem clara, fácil de ser compreendida e individualmente aplicada. Inicialmente, esboçam um quadro geral, afirmando de forma simples que “A agenda resoluta de Deus é nos fazer santos […]. Deus não está trabalhando para nosso conforto e sossego; Ele está trabalhando em nosso crescimento” (p. 17). Como esse crescimento ocorre é o que impulsiona o restante do livro.
Embora o livro seja valioso em muitos aspectos, o tema central que Timothy Lane e Paul Tripp usam, a metáfora de Jeremias 17.5-10, é o que nos dá uma figura memorável e útil do processo de mudança. Eles dividem a metáfora em quatro elementos principais: o Calor (vv. 6, 8), os Espinhos (vv. 5, 6), a Cruz (v. 7) e os Frutos (v. 8).
Os autores comparam o “Calor” às nossas circunstâncias, quer as nossas situações de vida nos pareçam boas, quer nos pareçam ruins. Eles escrevem: “a Bíblia diz que nós estamos sempre vivendo sob o Calor escaldante de problemas ou a agradável Chuva de bênçãos. Em qualquer dos casos, estamos sempre respondendo ao que nos acontece” (p. 125). Nossa forma de responder às circunstâncias revela o que está no nosso coração. Na maioria das vezes, “temos a tendência de reagir de maneira pecaminosa a qualquer dificuldade com que nos deparamos” (p. 142), o que nos mostra áreas específicas nas quais precisamos crescer na fé e confiar mais profundamente em Deus.
Os “Espinhos” é a figura seguinte e representa as reações pecaminosas mencionadas acima: negar, evitar e fugir; ampliar, prolongar e transformar em catástrofe; tornar-se irritadiço e hipersensível; retornar mal por mal; atolar-se, paralisar-se e ficar aprisionado; desculpar-se afirmando a própria retidão. (pp. 155-157). Os autores destacam que quando nos deparamos com problemas, devemos em primeiro lugar enfrentar nosso próprio pecado ou nunca chegaremos ao verdadeiro problema que é “uma enfermidade de adoração” (p. 168). Ao ajudar-nos a ver as formas que a nossa tendência à idolatria assume, eles nos ajudam a ver como Deus usa as circunstâncias para nos transformar à imagem do Seu Filho.
Como Mudar é um processo.
Seria bom saber em qual patamar estamos.